A Anvisa aprovou, em 20/04/2021, a autorização de uso emergencial dos anticorpos casirivimabe e imdevimabe, administrados em conjunto, no tratamento da Covid-19.
A indicação dos anticorpos casirivimabe e imdevimabe é para quadros leves e moderados da doença, em pacientes adultos e pediátricos (12 anos ou mais) com infeção por SARS-CoV-2, e que possuem alto risco de progredir para formas graves da doença. Isso inclui pacientes com 65 anos ou mais ou com doenças crônicas.
O coquetel de dois anticorpos monoclonais da Regeneron (casirivimabe e imdevimabe) também recebeu uma autorização dos EUA para o tratamento de COVID-19 leve a moderado. É importante destacar que esses anticorpos não previnem a doença.
Como esses medicamentos funcionam?
Anticorpos monoclonais são proteínas feitas em laboratório que imitam a capacidade do sistema imunológico de combater patógenos nocivos, como vírus.
Os anticorpos casirivimabe e imdevimabe são especificamente direcionados contra a proteína Spike do Sars-CoV-2, em duas regiões diferentes, projetados para bloquear a adesão e a entrada do vírus em células humanas.
Portanto, esses anticorpos monoclonais buscam imitar o mecanismo das anticorpos neutralizantes, formados naturalmente pelo organismo após a infecção ou recebimento de vacinas contra Covid-19.
Quais são os benefícios dos anticorpos casirivimabe e imdevimabe?
Em um ensaio clínico com pacientes, os anticorpos, administrados em conjunto, mostraram reduzir a internação relacionada à Covid-19 e consultas de emergência em pacientes com alto risco de progressão da doença, no prazo de 28 dias após o tratamento, quando comparados ao placebo.
Como esses medicamentos são administrados?
Os anticorpos são administrados em ambiente hospitalar, mas não estão autorizados para uso em pacientes hospitalizados que necessitam de oxigênio de alto fluxo ou ventilação mecânica em seus tratamentos. De acordo com dados do estudo clínico, os anticorpos não demonstraram benefício em pacientes com quadros graves, podendo até estar associados a desfechos clínicos piores quando usados nesses pacientes.
O casirivimabe e o imdevimabe devem ser administrados juntos por infusão intravenosa (IV). Os possíveis efeitos colaterais incluem anafilaxia (reação alérgica aguda), febre, calafrios, urticária, coceira e rubor. De acordo com a Anvisa, a segurança e a eficácia dos anticorpos continuam a ser avaliadas por meio de estudos que estão em andamento.