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O que são as vacinas?
Vacinas são medicamentos imunobiológicos que contêm uma ou mais substâncias antigênicas que, quando inoculadas, são capazes de induzir imunidade específica ativa, a fim de proteger contra, reduzir a severidade ou combater as doenças causadas pelo agente que originou o antígeno.
Quais as vias de administração das vacinas?
Nem todas as vacinas são medicamentos injetáveis, por isso é importante conhecer quais são as vias de administração das vacinas mais comuns e como usá-las corretamente.
As principais vias de administração das vacinas são:
- Vacinas pela via de administração oral (VO);
- Vacinas pela via de administração intradérmica (ID);
- Vacinas pela via subcutânea (SC);
- Vacinas pela via intramuscular (IM).
Vacinas pela via de administração oral (VO)
São vacinas dadas pela boca, em gotas. A vacina mais famosa administrada por essa via é a da poliomielite oral (VOP), contra paralisia infantil, também chamada Sabin. Ficaram famosas as campanhas de vacinação contra essa doença que tinham o Zé Gotinha como personagem principal.
Outras vacinas feitas com vírus atenuados com administração por via oral são a rotavírus e as novas vacinas contra cólera e febre tifóide.
Vacinas pela via de administração intradérmica (ID)
A aplicação intradérmica é uma técnica menos comum, em que a vacina á aplicada sob a pele, porém sem atingir a camada subcutânea ou muscular.
A principal vacina com administração por essa via é a BCG. É composta pelo bacilo de Calmette-Guérin, obtido pela atenuação (enfraquecimento) de uma das bactérias que causam a tuberculose. O esquema de vacinação corresponde à dose única ao nascer, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento, ainda na maternidade.
Segundo o Ministério da Saúde, a administração da vacina é feita na região do músculo deltoide, no nível da inserção inferior, na face externa superior do braço direito. O uso do braço direito tem por finalidade facilitar a identificação da cicatriz em avaliações da atividade de vacinação.
Ainda que a formação de cicatriz seja esperada, a Organização Mundial da Saúde aponta que a ausência da cicatriz de BCG após a administração da vacina não é indicativo de ausência de proteção.
Vacinas pela via subcutânea (SC)
A via subcutânea é a segunda via mais comum de aplicação de vacinas. Consiste na administração da vacina na camada imediatamente acima do músculo, portanto mais superficialmente do que na aplicação intramuscular.
Aplica-se geralmente na face externa superior do braço (região do tríceps, em adultos) ou face anterior da coxa, em bebês ou crianças. Vacinas aplicadas por essa via incluem a febre amarela, varicela (catapora), tríplice viral (SRC) e a tetraviral (SRC-V).
Vacinas pela via intramuscular (IM)
Esta é a via de administração mais comum de vacinas. Trata-se de uma injeção mais profunda, que atinge a camada muscular. Em crianças geralmente aplica-se no músculo lateral da coxa. Em adultos e crianças maiores aplica-se na região do deltóide ou glúteo.
Vacinas aplicadas por essa via incluem a Hepatite B e A, HIB, HPV, influenza, a poliomelite inativada (VIP), tríplice bacteriana (DTP), dupla (DT), pentavalente, pneumocócica e a meningocócica.
Um ponto de atenção neste caso é que nem todas as vacinas aplicadas por via IM podem ser aplicadas no deltóide e no glúteo. Um exemplo é a vacina da gripe, a qual não se recomenda ser aplicada no glúteo, mas apenas no deltóide ou músculo lateral da coxa (crianças).
A fim de contornar esse risco de erro e dar segurança ao farmacêutico, a Clinicarx indica automaticamente a melhor via e local de aplicação para cada vacina selecionada.
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