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As possíveis sequelas pós-COVID podem variar de caso a caso, levando em conta diversos aspectos do histórico de saúde do paciente.
Depois de 2 anos vivendo dentro de um cenário que, para muitos, parecia ser o período em que o mundo parou, estamos começando a ver o fim da pandemia. Como qualquer luta que travamos em nossas vidas, depois da tempestade, ainda podemos sentir os reflexos de tudo que passamos.
Uma porcentagem considerável dos casos de Sars-Cov-2 foram categorizados como graves e, especialmente nesses casos, alguns pacientes continuam com sintomas mesmo depois do período de isolamento e recuperação da doença.
A Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à COVID-19 já lançou a Nota Técnica Nº 31/2021 falando sobre o quadro clínico de pacientes que continuam com esses sintomas, mesmo após a fase aguda.
Agora, o Ministério da Saúde unifica como Condições Pós-COVID a COVID longa, os efeitos de longo prazo da COVID, a COVID-19 pós-aguda, a COVID crônica, a COVID de longa distância ou sequelas tardias.
Possíveis Sequelas Pós-COVID
As manifestações clínicas mais frequentemente citadas sobre os sintomas persistentes da COVID-19 são divididas em quadros assintomáticos, leves, moderados e graves. As possíveis sequelas pós-COVID podem variar de caso a caso, levando em conta diversos aspectos do histórico de saúde do paciente.
As formas de como tratar as sequelas pós-COVID também diferem de acordo com o quadro da pessoa, considerando os sintomas, as sequelas após a internação prolongada e o agravamento de doenças preexistentes. É considerado sintomas persistentes da COVID-19 quando permanecem quatro semanas após a infecção.
Gerais
Sintomas como fadiga, cansaço, fraqueza e mal-estar entram na categoria de sintomas gerais da COVID longa, assim como dores ou desconfortos gerais e inespecíficos e por mais que haja descrença, aspectos como esses podem sim ser considerados sintomas da síndrome pós-COVID.
Neurológicas
A categoria neurológica envolve dores de cabeça, déficit de atenção, memória ou dificuldade de concentração e distúrbios do sono.
Respiratórias
Falta de ar ou dispneia e tosse são tipos de consequências da COVID-19 que afetaram pacientes em casos graves, especialmente quem teve algum tipo de infecção pulmonar.
Cardiovasculares
Relatos de dores no peito são os sintomas mais recorrentes.
Gastrointestinais
Assim como na fase de infecção, náuseas, diarreia, vômitos e falta de apetite podem continuar mesmo depois da recuperação da doença.
Psiquiátricas
Ansiedade, depressão e estresse pós-traumático podem ser sintomas que afetam a maior parte da população que teve a doença, como apontam algumas publicações científicas.
Um desses estudos, feito pela Universidade de São Paulo (USP), mostra que 51% dos entrevistados apresentaram quadros de perda de memória, estresse pós-traumático e ansiedade generalizada. Sintomas que se tornaram o novo desafio para o farmacêutico.
Outras
Alopecia, anosmia e disgeusia, que são, respectivamente, a perda parcial ou completa de cabelos, do olfato e paladar, podem ser sintomas prolongados no pós-COVID-19.
Como orientar meu paciente no tratamento pós-COVID-19?
O papel do farmacêutico no tratamento das sequelas pós-COVID se estende ao encaminhamento médico quando necessário e, principalmente, na tarefa de identificar esses sintomas como possíveis consequências da doença.
Alguns serviços farmacêuticos podem ser prestados diretamente na farmácia para prestar a atenção primária necessária e elaborar o quadro de sintomas para o possível diagnóstico.
Com a plataforma da Clinicarx, é possível oferecer serviços para identificação de possíveis sintomas, principalmente sobre agravamento de doenças preexistentes, como Diabetes Mellitus no exame de Glicemia, Perfil Lipídico para problemas com colesterol e Proteína C Reativa (PCR) para identificação de riscos cardiovasculares.
Você pode consultar também outros testes e saber como pode ajudar seu paciente nesse processo de luta contra a COVID-19 que, por mais que tenha regredido, ainda precisa de atenção no farmacêutico. Para saber mais basta clicar no banner abaixo.
Um enorme problema, que inclusive eu e minha família passamos é ter Covid-19 e não ter a quem recorrer. Os testes são caros e imprecisos. Só é testado na Rede Pública quem for internado. Resultado: pegamos e nenhum órgão público ficou sabendo. Com agravante: minha filha é enfermeira.
No momento, estou sofrendo com as sequelas:
Perda da coordenação motora.
Mãos inchadas.
Lábios e língua com dormência ao acordar.
Fraqueza em braços e pernas.
Sensação de pressão nas pernas abaixo do joelho
Dificuldade para escrever, tocar violão e executar tarefas cotidianas, como a higiene pessoal, por exemplo.
Sonolência diurna e perda de memória recente.
Ao ficar nervoso ou agitado aumenta o tremor, principalmente em pernas e mãos.
Fiz Ressonância Magnética, Miografia e mais uma série de exames que nada acusaram.
E continuo com o problema mais grave, que é a falta de a quem recorrer.
Já relatei meu caso em postos de saúde, ao Ministério da Saúde, a médicos particulares e até emissoras de TV, como forma de alerta.
O retorno foi praticamente zero.