7 pilares para serviços de exames rápidos (point-of-care testing)

Nota de Atualização: Em maio de 2023, a Anvisa publicou a RDC 786/2023 que regulamentou a execução de exames rápidos em farmácias e consultórios. Para saber mais sobre isso, visite nossa página especial sobre exames rápidos.

 

Os testes rápidos, são definidos como os exames realizados no local ou no momento do cuidado ao paciente. Utilizam tecnologias conhecidas como point-of-care testing. Eles auxiliam os profissionais da área da saúde a tomar decisões imediatas a respeito da saúde do paciente.

 

Podem ser realizados em diferentes ambientes como clínicas médicas, farmácias, ambiente hospitalar ou domiciliar e até mesmo em campanhas de saúde pública.

 

A ampliação da disponibilidade de exames rápidos no mercado é uma tendência mundial e busca alterar a forma como a população tem acesso a diversos exames laboratoriais. O exames rápidos coloca o paciente no centro do cuidado.

 

As farmácias, como centros de saúde, podem utilizar essa metodologia para ampliar os serviços que disponibilizam para a população.

 

De acordo com a RDC 786/2023, a realização de exames rápidos em farmácias e consultórios (serviços tipo I) precisa estar vinculada a um laboratório de análises clínicas, quando da execução de exames que utilizam equipamentos de leitura. É importante que este laboratório tenha expertise na área de exames rápidos para que o serviço que você oferecerá na sua unidade de atendimento seja de qualidade.

 

Oferecer um bom serviço de exames rápidos não é tarefa das mais simples. Por isso, nós elencamos 7 pilares fundamentais para a realização de um serviço de qualidade e você pode conhecê-los a seguir:

 

1. Gerenciamento da Informação

Para disponibilizar exames rápidos em sua unidade de atendimento é preciso realizar o gerenciamento da informação, ou seja, registrar os dados de cada paciente atendido, seu estado de saúde no momento do atendimento, medicamentos utilizados com frequência, outros resultados de exames realizados anteriormente e outras informações que ele possa fornecer enquanto é atendido.

É muito importante que você tenha uma plataforma digital que gerencie todos esses dados.

 

2. Equipamentos e Insumos

Um dos fatores importantes no processo de exames rápidos é a utilização de equipamentos e insumos que sejam de qualidade comprovada.

A metodologia de cada equipamento também é importante, tendo em vista que ela poderá definir entre resultados qualitativos (reagente ou não reagente) e quantitativos (valor numérico).

Vale a pena lembrar que apenas equipamentos e insumos registrados na ANVISA podem ser utilizados para a realização de testes rápidos.

 

3. Protocolos Clínicos de Atendimento

É preciso padronizar a realização dos exames para garantir a qualidade do processo. Essa padronização só é atingida com um bom processo de treinamento e atualização dos responsáveis pelo atendimento.

Além disso, a realização de um testes rápido deve ser feita no contexto do cuidado do paciente. Isto é, um bom protocolo de exames rápidos deve considerar o acolhimento da demanda, critérios de inclusão, questões de anamnese, interpretação, condutas e critérios para encaminhamento do paciente.

 

4. Treinamento e Atualização

Um dos pilares fundamentais na realização de exames rápidos. Todos os profissionais que atuam com exames rápidos precisam passar por um treinamento abrangente antes de iniciar os trabalhos e precisam estar em constante atualização para garantir um bom funcionamento desse serviço. Além disso, são necessários novos conhecimentos sobre o setor laboratorial e os exames realizados.

 

5. Suporte Técnico-Científico

Quando temos dúvidas precisamos recorrer a alguém que nos dê suporte ou assessoria, não é mesmo? Se você quer implantar um serviço de exames rápidos em sua unidade de atendimento, precisa estar atento a este pilar. O laboratório precisa ter uma equipe de suporte e assessoria que consiga te auxiliar quando tiver dúvidas durante a realização dos exames.

 

6. Controle de Qualidade

Os exames rápidos precisam passar por processos que garantam a qualidade de cada exame realizado. A RDC 302/2005 exige que o laboratório realize o Controle Externo da Qualidade, isto é, envie os resultados das suas análises para um avaliador externo verificar a qualidade de cada um deles. Além disso, é preciso que o laboratório tenha controle dos lotes, verificando sua validade e garantindo que apenas lotes aprovados internamente possam ser utilizados.

 

7. Laudo Laboratorial

Para fechar a nossa lista dos 7 pilares, nós temos a cereja do bolo: o laudo laboratorial. O laudo precisa ser assinado pelo responsável técnico do laboratório e pelo profissional que realizou o exame no momento do atendimento ao paciente.

Além disso, o cliente tem o direito garantido por lei de entender tudo o que ele está recebendo. 

É preciso que o laudo seja simples e intuitivo para auxiliar profissionais da saúde a tomar medidas rápidas para garantir ou promover a saúde do paciente, e que auxilie os pacientes a entender cada vez mais sobre a seu estado de saúde atual.

 

Ilustração de quantos farmacêuticos usam Clinicarx

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