Este artigo sobre o novo coronavírus pode ser atualizado a qualquer momento. Última versão: 01/12/2021.
Caso esteja procurando uma clínica ou farmácia que oferece este serviço perto de você, consulte nosso buscador: https://clinicas.clinicarx.com.br/onde-encontrar/
A COVID-19 é uma infecção viral e respiratória que inicialmente assemelha-se a uma gripe ou resfriado comum e, inclusive, pode evoluir para pneumonia grave e óbito.
Após o primeiro contato com o vírus, que é denominado SARS-CoV-2, o paciente desenvolve febre que, diferentemente do resfriado comum, aumenta e persiste por 3 ou 4 dias.
Na maioria dos casos, em 80% a 85% os sintomas são leves e moderados, sendo poucos os casos que levam a óbito.
Ainda não há medicamentos específicos para tratar a COVID-19, por isso o melhor cuidado é evitar a exposição ao vírus.
Um resumo do que você encontrará neste artigo:
- O novo coronavírus (vírus SARS-CoV-2) é o causador da doença COVID-19.
- O período de incubação varia entre 2 e 14 dias, sendo 5 dias em média.
- A transmissão ocorre principalmente após 7 dias do início dos sintomas, mas já ocorreram casos de transmissão por pessoas assintomáticas.
- A febre alta é o principal sintoma da doença e persiste por 3 a 4 dias, mas outros sintomas como tosse, dor no corpo, perda do paladar ou olfato e diarreia também são muito comuns.
- O diagnóstico é clínico, por anamnese e exame físico, exame laboratorial confirmatório e exames diferenciais.
- O tratamento ainda é principalmente sintomático e de suporte.
Transmissão
A forma de transmissão do SARS-CoV-2 é semelhante ao da gripe comum, assim como ao de outros patógenos respiratórios.
Ocorre principalmente por meio de gotículas respiratórias e salivares produzidas quando uma pessoa infectada tosse ou espirra.
A transmissão também pode ocorrer pelo contato com superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Entretanto, a probabilidade de uma pessoa infectada contaminar mercadorias comerciais é baixa e o risco de contrair o vírus que causa o COVID-19 a partir de um pacote que foi movido, transportado ou exposto a diferentes condições e temperaturas também é baixo.
Assim como é improvável a contaminação a partir de alimentos bem cozidos e corretamente manipulados.
Agente etiológico
Coronavírus (CoV) é uma família de vírus (Coronaviridae) que causa infecções respiratórias.
Os vírus que pertencem a essa família pertencem, principalmente, a 4 gêneros: alphacoronavírus, betacoronavírus, gammacoronavírus e deltacoronavírus.
Além do SARS-CoV-2, identificado pela primeira vez em dezembro de 2019, e que pertence ao gênero beta, outros seis coronavírus humanos (HCoV) já foram identificados anteriormente, a saber:
Alphacoronavírus:
- HCoV-229E
- HCoV-NL63
Betacoronavírus:
- HCoV-OC43
- HCoV-HKU1
- SARS-CoV
- MERS-CoV
Histórico da nomenclatura
Em 30 de janeiro de 2020, a OMS recomendou que o nome provisório do novo coronavírus deveria ser 2019-nCoV.
Em 11 de fevereiro de 2020, a OMS anunciou que o nome para a doença causada pelo novo CoV seria COVID-19.
No mesmo dia, o vírus foi designado pelo Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus como SARS-CoV-2, devido à semelhança do novo vírus com o CoV causador da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV), identificado no final de 2002. Ou seja, o vírus SARS-CoV-2 é o causador da doença COVID-19.
Período de incubação do coronavírus
O período de incubação se caracteriza pelo tempo decorrido entre a exposição de um animal ou ser humano a um organismo patogênico e a manifestação dos primeiros sintomas da doença.
Neste período não há doença e o hospedeiro não manifesta sintomas, pois todo o processo está acontecendo no âmbito celular.
No caso da infecção pelo SARS-CoV-2, este período varia entre 2 e 14 dias, sendo 5 dias o período médio de incubação.
Transmissibilidade do coronavírus
É o intervalo de tempo em que há transmissão do agente etiológico para o ambiente, pelo humano contaminado.
A estimativa da transmissibilidade dos pacientes infectados por SARS-CoV-2 é em média 7 dias após o início dos sintomas.
Dados preliminares sugerem que a transmissão possa ocorrer também mesmo antes dosurgimento de sinais e sintomas e até mesmo por pacientes assintomáticos.
Atualmente a medida recomendada para evitar a transmissão do vírus de pessoas infectadas para outras pessoas é:
- Pacientes assintomáticos não gravemente imunossuprimidos: dez dias de isolamento contanto a partir da data do primeiro teste de antígeno com resultado positivo;
- Pacientes com quadro leve a moderado e não gravemente imunossuprimidos: pelo menos dez dias de isolamento desde o início dos sintomas. O paciente poderá sair do isolamento após os dez dias caso não tenha apresentado febre nas últimas 24 horas (sem o uso de antitérmicos) e tenha tido melhoras dos sintomas;
- Pacientes com quadro grave/crítico ou gravemente imunossuprimidos:pelo menos vinte dias de isolamento. O paciente poderá sair do isolamento após 20 dias caso não tenha apresentado febre nas últimas 24 horas (sem o uso de antitérmicos) e tenha tido melhoras dos sintomas.
Medidas de prevenção
As medidas preventivas mais eficazes são:
- Lavar as mãos com água e sabão ou com desinfetantes para mãos à base de álcool gel 70%;
- Ao tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com o cotovelo flexionado ou com um lenço – em seguida, jogar fora o lenço e higienizar as mãos.
- Manter uma distância mínima de 1 metro de pessoas com sintomas de infecção respiratória, evitando o contato.
- Utilizar máscaras faciais sempre que sair de casa e, mesmo de máscara, manter o distanciamento recomendado.
A OPAS Brasil divulgou uma imagem educacional útil para você ler e imprimir para seus pacientes, promovendo educação em saúde.
Para saber mais sobre Testes Rápidos acesse outros artigos do blog:
Diferenças entre testes para Covid-19: métodos e resultados
Teste Rápido para COVID-19: 19 perguntas e respostas
Covid-19 – As farmácias devem suspender seus serviços durante a epidemia?
Manifestação clínica
Os sinais e sintomas clínicos do coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado comum.
Febre, tosse e dificuldade para respirar são alguns destes sintomas.
Na admissão hospitalar, a febre e a tosse aparecem em mais de 80% dos pacientes, enquanto a dificuldade para respirar aparece em cerca de 30%.
Nos casos mais graves podem ocorrer infecção do trato respiratório inferior e quadros de pneumonia, síndrome respiratória aguda grave, insuficiência renal e até mesmo óbito.
Linfopenia, dor muscular, mal-estar, rinorreia, confusão, dor de garganta, dor no peito, aumento das secreções respiratórias, náuseas, vômitos e diarreia podem ocorrer em pacientes com quadros de pneumonia.
Suscetibilidade e Imunidade
Por se tratar de um vírus identificado recentemente, todas as pessoas são suscetíveis.
Grupos de risco
Pacientes imunodeprimidos, idosos, bem como pacientes com alguma doença crônica (hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares) estão mais suscetíveis a contrair a desenvolver as formas graves da infecção por SARS-CoV-2.
Nesse grupo de pacientes a mortalidade é maior, por isso as medidas de prevenção e isolamento domiciliar tornam-se mais importantes.
Em princípio não é possível afirmar se a infecção em humanos que não foram a óbito resultará em imunidade contra novas infecções futuras e se essa imunidade permanece por toda a vida.
Diagnóstico da COVID-19
O diagnóstico da COVID-19 pode ser dividido em clínico, laboratorial e diferencial.
Diagnóstico clínico
O quadro clínico parece muito com uma gripe comum, entretanto a febre aumenta e persiste por mais de três a quatro dias.
No início da epidemia o histórico de viagem ou contato próximo com pessoas que tinham viajado para áreas de transmissão local era crucial no diagnóstico clínico, mas agora o Brasil já é considerado área de transmissão local e esses requisitos não são mais definitivos para o diagnóstico.
Diagnóstico laboratorial
O diagnóstico laboratorial é realizado por meio de exames de biologia molecular que detectem o RNA viral do coronavírus em secreções respiratórias.
Para esta detecção é utilizada a técnica de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase). Mesmo que laboratórios clínicos possam realizar o exame, uma contraprova é encaminhada para laboratórios de referência.
Testes Rápidos para detecção de anticorpos IgG/IgM não são utilizados como padrão para diagnóstico, mas são úteis para analisar a infecção pregressa e desenvolvimento de imunidade contra a doença.
Saiba mais sobre os Testes Rápidos
Diferenças entre testes para Covid-19: métodos e resultados – https://clinicas.clinicarx.com.br/blog/diferencas-entre-testes-para-covid-19/
Teste Rápido para COVID-19: 19 perguntas e respostas – https://clinicas.clinicarx.com.br/blog/teste-rapido-para-covid-19-19-perguntas-e-respostasbonus/
Covid-19: As farmácias devem suspender seus serviços durante a epidemia? – https://clinicas.clinicarx.com.br/blog/covid-19-as-farmacias-devem-suspender-seus-servicos-durante-a-epidemia/
Testes rápidos para coronavírus: o que fazer na farmácia – https://clinicas.clinicarx.com.br/blog/teste-rapido-para-coronavirus-o-que-fazer-na-farmacia/
Caso esteja procurando uma clínica ou farmácia que oferece este serviço perto de você, consulte nosso buscador: https://clinicas.clinicarx.com.br/onde-encontrar/
Diagnóstico diferencial
É imprescindível a realização do diagnóstico diferencial para COVID-19.
As características clínicas não são específicas e podem ser confundidas com infecções causadas por outros vírus respiratórios, como influenza, vírus sincicial respiratório, adenovírus e outros CoV, que também ocorrem sob a forma de surtos e podem circular num mesmo local simultaneamente.
Um dos testes diagnósticos mais importantes é para influenza.
Distribuição da Pandemia de Coronavírus
O surto de coronavírus iniciado em Wuhan na China acelerou exponencialmente desde seu surgimento, em dezembro de 2019, e tornou-se uma preocupação global.
No início de março de 2020 a OMS declarou a COVID-19 como pandemia.
Pandemia é o termo que se refere ao momento em que uma doença já está espalhada por diversos continentes com transmissão sustentada entre as pessoas.
Segundo a OMS, o número de pacientes infectados, de mortes e de países atingidos deve aumentar nos próximos dias.
Existem sites onde é possível acompanhar a evolução do alcance da pandemia praticamente em tempo real.
Um deles é o da plataforma IVIS (Plataforma Integrada de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde).
Outro é da Universidade americana “Johns Hopkins” .
As novas variantes do SARS-CoV-2
Todos os vírus têm capacidade de sofrer mutação. O termo mutação se refere a alterações no genoma do vírus que ocorrem como resultado da mudança na sequência de aminoácidos.
As mutações podem acontecer no momento em que o vírus se replica na célula do hospedeiro.
As mutações de particular relevância clínica são aquelas que acontecem na proteína S, que é responsável pela ligação do vírus e é alvo de anticorpos neutralizantes durante a infecção, bem como de alguns tratamentos e vacinas.
Até o momento, três variantes do SARS-CoV-2 são consideradas preocupantes: B1.1.7, B.1.351 e P.1.
- B.1.1.7 (Reino Unido): foi identificada pela primeira vez em setembro de 2020 no Reino Unido e está relacionada com aumento da transmissibilidade em até 50% (transmissão mais eficiente e mais rápida), potencial aumento da virulência e baixa preocupação com a diminuição da eficácia das vacinas.
- B.1.351 (África do Sul): foi identificada pela primeira vez em dezembro de 2020 na África do Sul e está relacionada com aumento da transmissibilidade, ainda não existe evidência sobre o aumento da virulência, dados sugerem potencial escape imunológico após infecção natural e menor efeito na potência dos anticorpos produzidos por vacina.
- P.1 (Brasil): foi identificada pela primeira vez em janeiro de 2021 em viajantes brasileiros durante uma triagem de rotina em um aeroporto do Japão. Essa variante foi relacionada à propensão para a reinfecção de indivíduos pelo SARS-CoV-2.
- B.1.1.529 Variante Ômicron (África do Sul): A OMS classificou a Variante Ômicron como preocupante pelo grande número de mutações que o vírus apresenta, sendo algumas preocupantes. Os cientistas ainda estão estudando e avaliando se a variante Ômicron é mais transmissível do que outras variantes.
→ Ômicron: a nova variante do vírus da COVID-19. Leia mais.
As variantes descritas acima compartilham a mesma mutação N501Y, que está relacionada com maior transmissibilidade do vírus.
Uma outra mutação, a E484K, está presente nas variantes B.1351 e P.1 e está relacionada com a alteração da neutralização do vírus por alguns anticorpos (potencial escape imunológico).
Essas três variantes inicialmente foram associadas ao aumento do número de casos em seus respectivos locais de descoberta e já se encontram espalhadas por vários países.
A elevação no número de casos aumenta a demanda do sistema de saúde, o número de hospitalizações e, potencialmente, o número de mortes.
Leia o artigo completo sobre as variantes do vírus da Covid-19 aqui.
Mantenha a calma
Durante episódios de epidemias é comum que profissionais da área da saúde passem por momentos de grande pressão psicológica, visto que atuamos diretamente no trabalho diário combatendo a disseminação da doença.
Sobretudo, é importante realizarmos uma boa gestão emocional, não perdermos o controle em meio a tantas notícias, muitas vezes alarmistas.
Da mesma forma, estabeleça um bom relacionamento interpessoal e mantenha uma atitude positiva e otimista sobre a situação.
Busque garantir um sono adequado e uma dieta equilibrada, pois isso ajuda a fortalecer a imunidade.
Pratique atividades físicas e tente relaxar.
Evite assistir, ler ou ouvir notícias que possam causar ansiedade ou estresse.
E acima de tudo mantenha-se informado por fontes confiáveis e siga as orientações fornecidas por entidades responsáveis, como o Ministério da Saúde.
Saiba mais sobre as Vacinas acesse outros artigos do blog
Vacinas contra COVID-19: estudos e atualizações
Vacina contra COVID-19: restrições e indicações
Curso: Vacinas Covid-19: O que farmacêuticos precisam saber