Se você trabalha com pacientes crônicos, já deve ter enfrentado a necessidade de elaborar um relatório de acompanhamento ao médico para seu paciente.
Esse tipo de documento é muito importante e pode fazer toda diferença nos resultados do tratamento.
Afinal, pouco vale monitorar parâmetros na farmácia, como pressão arterial ou glicemia, conhecer os medicamentos em uso pelo paciente, e até orientar sobre adesão ao tratamento, se o médico não tiver acesso a essas informações para tomada de decisão sobre o tratamento prescrito.
Acompanhar o paciente é uma obrigação legal
A Lei Federal 13.021/2014, define como uma obrigação do farmacêutico “proceder ao acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes, internados ou não, em estabelecimentos hospitalares ou ambulatoriais, de natureza pública ou privada”.
Acompanhamento farmacoterapêutico é o serviço pelo qual o farmacêutico realiza o gerenciamento da farmacoterapia, por meio da análise das condições de saúde, dos fatores de risco e do tratamento do paciente, da implantação de um conjunto de intervenções gerenciais, educacionais e do acompanhamento do paciente, com o objetivo principal de prevenir e resolver problemas da farmacoterapia, a fim de alcançar bons resultados clínicos, reduzir os riscos, e contribuir para a melhoria da eficiência e da qualidade da atenção à saúde. Inclui, ainda, atividades de prevenção e proteção da saúde.
O Relatório de acompanhamento ao médico
Elementos mínimos do acompanhamento farmacoterapêutico
Veja na tabela abaixo, uma descrição das características mínimas desse serviço, segundo o Conselho Federal de Farmácia. Observe que o foco está nos resultados do tratamento, obtidos ao longo de sucessivos encontros com o paciente.
Serviço | Acompanhamento farmacoterapêutico |
Fontes dos dados clínicos | Prontuário Entrevista com o paciente Exames Receitas relacionadas à condição Sacola de medicamentos |
Parâmetros avaliados pelo farmacêutico | Necessidade, efetividade e segurança da terapia, adesão do paciente |
Retorno do paciente (follow up) | Necessário |
Produto (output) | Objetivos terapêuticos atingidos para toda a farmacoterapia |
Quem recebe o produto | Paciente/ cuidador ou equipe de saúde |
Momento em que o serviço acontece | Consulta agendada |
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Acompanhamento na prática
Uma forma simples de encaminhar relatório de acompanhamento ao médico é produzindo históricos de monitorização de parâmetros, com gráficos associados. Fazemos isso de forma automática no Clinicarx, para resultados de pressão arterial e glicemia, por exemplo. É um recurso simples e poderoso, mas você pode fazer ainda mais do que isso!
Um relatório mais completo deverá conter as condições crônicas do paciente, metas terapêuticas, últimos resultados clínicos de acompanhamento e os medicamentos em uso. Você pode incluir resultados de avaliações feitas na farmácia, bem como exames laboratoriais. O paciente recebe este documento assinado pelo farmacêutico e leva ao médico em sua próxima consulta. Com esse resultado em mãos, o médico decide as mudanças necessárias no tratamento prescrito.
Lembre-se: seu objetivo não é medir parâmetros ou orientar pacientes sobre como tomar os medicamentos, seu objetivo é melhorar o resultado de saúde do paciente!
Veja abaixo um exemplo desse relatório, que o Clinicarx pode gerar automaticamente para seus pacientes. Observe o esquema de cores indicando parâmetros controlados, desconhecidos ou em faixa de alerta.
Esse recurso é exclusivo de milhares de profissionais que utilizam o Clinicarx, que estão transformando a obrigação legal de prover acompanhamento farmacoterapêutico em um enorme diferencial para sua carreira e seu negócio. Ganha o farmacêutico, ganha a farmácia, ganha o médico e, principalmente, ganha o paciente.
Indo além do papel: serviço farmacêutico digital
O papel continua tendo um efeito muito poderoso sobre a percepção do paciente da qualidade do serviço de saúde. Mas os tempos estão mudando, precisamos integrar as informações, aproximar os profissionais da equipe e empoderar o paciente cada vez mais em suas decisões de saúde.
Por isso, as informações do relatório de acompanhamento podem estar diretamente nas mãos do paciente, em um aplicativo mobile, de forma que ele possa compartilhar esses dados facilmente com quem ele quiser. No consultório farmacêutico, esses dados devem estar seguros, de forma sigilosa, e autorizadas pelo paciente, que é o único verdadeiro proprietário dessas informações.
Leve seu trabalho como farmacêutico clínico ao próximo nível. Faça parte dessa causa você também.
Referência: Conselho Federal de Farmácia. Serviços farmacêuticos diretamente destinados ao paciente, à família e à comunidade: contextualização e arcabouço conceitual. Brasília: Conselho Federal de Farmácia, 2016