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Muitas pessoas podem apresentar simultaneamente problemas na tireóide e diabetes. Por isso que a dosagem do TSH em um diabético é tão importante.
Segundo inúmeros estudos, pessoas com diabetes mellitus tipo 1 (DM2) e tipo 2 (DM2) têm muito mais chances de desenvolver doenças na tireoide. Outro dado interessante é que quem tem hipotireoidismo pode ter uma piora do controle metabólico da DM2, levando a possíveis alterações renais e cardiovasculares. Por isso é tão importante incluir a dosagem do TSH nos exames de rotina de um paciente diabético, independentemente do tipo.
Outro fato que não poderíamos deixar de salientar é o de que a metformina, um hipoglicemiante oral muito comum no tratamento do DM2, tem como efeito colateral a diminuição dos níveis de TSH em pacientes diabéticos.
O que é TSH e qual a sua relação com a tireóide e diabetes?
O TSH é um hormônio produzido pela hipófise (lá no sistema nervoso central), que é chamada também de pituitária, e tem como função, estimular a glândula tireóide a produzir os hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4) que regulam o metabolismo no organismo. Quando temos alguma desordem na tireóide, esses hormônios tendem a estar desregulados podendo causar o hipertireoidismo e hipotireoidismo.
No corpo humano a produção de hormônios acontece por um mecanismo de retroalimentação, neste caso da tireóide chamamos de “feedback negativo”.Quando a concentração de T3 e T4 no sangue está baixa, o corpo entende que tem que produzir mais TSH, que estará aumentado. Já ao contrário, quando temos os níveis de T3 e T4 altos no sangue, normalmente temos baixas concentrações de TSH.
O TSH é utilizado para avaliar a função da tireóide, nos casos de hipotireoidismo, hipertireoidismo, ou em qualquer doença que altere o seu funcionamento.
Os hormônios tireoidianos (HT) exercem uma ação definida sobre o metabolismo da glicose, atuando sobre as inúmeras vias de sinalização. Em condições normais, eles influenciam nos níveis de insulina e glucagon, além de influenciar na absorção intestinal de glicose, na gliconeogênese e na captação da glicose pelos tecidos adiposo e muscular.
A disfunção da tireóide e a diabetes tipo 2 (DM2) são as endocrinopatias muito comuns. Essa associação reflete na sensibilidade insulínica e necessidades terapêuticas.
O hipotireoidismo clínico (HC) ou o hipotiroidismo subclínico (HSC) podem afetar de forma severa o controle metabólico da DM2. Por conta da alta prevalência das duas condições, é recomendado o rastreamento da tireóide em pacientes portadores de DM2.
A importância da inclusão da dosagem de TSH no acompanhamento de diabéticos
A homeostase da glicose é influenciada claramente pelos hormônios tireoidianos (T3 e T4), que também são fundamentais na regulação da energia corporal. Os seus efeitos são claramente evidentes em condições de disfunção tireoidiana.
No hipotireoidismo, temos uma diminuição da captação de glicose pelos tecido e da produção de insulina. Como consequência, temos um aumento da glicemia, do depósito de lipídeos no tecido adiposo, ganho de peso, além do aumento dos níveis de triglicerídeos no sangue. Isso leva o organismo a um estado de resistência à insulina e uma disfunção na produção da insulina, aumentando drasticamente o risco de desenvolvimento de DM2.
Por isso é tão importante que indiquemos a dosagem TSH, e caso seja evidenciado o hipotireoidismo, dosar a glicemia, fazer exames de função renal, assim como perfil lipídico.
Atenção farmacêutica aos pacientes com alteração na tireóide e diabetes na farmácia.
O modelo tradicional de prática farmacêutica, que é centrado na dispensação, está sendo substituído pelo modelo de cuidado farmacêutico, centrado ao paciente.O farmacêutico é hoje um profissional que deve prestar serviços de cuidado à saúde, promover saúde, prevenir doenças e alcançar o melhor resultado possível com o uso dos medicamentos.
Como ao longo do texto falamos de doenças que têm uma alta incidência e prevalência (disfunções na tireóide e diabetes) e cabe ao farmacêutico que tem esse contato ativo com esses pacientes na farmácia, de instruir e acompanhá-los.
Uma forma bastante efetiva de fazer isso é usar os testes rápidos para a identificação de alterações na tireóide e diabetes.
Muitas pessoas ainda pensam que os testes laboratoriais remotos (TLR) ficam limitados somente ao CoVID-19, mas temos uma gama imensa de testes que podem e devem ser realizados em salas clínicas em uma farmácia.
O farmacêutico, observando pacientes que compram medicamentos hipoglicemiantes, auto testes para a dosagem da glicemia por capilar, medicações para a reposição dos hormônios T3 e T4, deve sugerir que façam tanto a dosagem do TSH, para diabéticos, e a dosagem da glicemia e hemoglobina glicada, para os que têm hipotireoidismo.
Como são doenças muitas vezes silenciosas e que não apresentam sintomas tão claros, isso pode passar despercebido pelo cliente, podendo agravar o quadro. Por isso a atenção do farmacêutico nesse momento é tão importante.
Devemos atentar também para o fato de que pessoas com diabetes têm uma tendência a apresentar alterações renais e cardiovasculares. Outros exames, neste caso, devem ser sugeridos, como o perfil lipídico e marcadores da função renal.
Os TLRs são minimamente invasivos e são feitos com apenas algumas gotas de sangue. Além disso o paciente recebe o resultado em minutos, devidamente laudado, podendo ser encaminhado a uma especialidade médica caso necessário, e ainda ser acompanhado pelo farmacêutico naquele estabelecimento que foi atendido.
As farmácias são estabelecimentos de saúde e cabe ao farmacêutico o acolhimento do indivíduo, verificação das necessidades, realização da anamnese farmacêutica e registro das informações referentes ao cuidado em saúde, considerando o contexto de vida e a integralidade do indivíduo.
Os serviços farmacêuticos vieram para ficar e são uma nova realidade. As farmácias, em breve, se tornarão verdadeiros Hubs de saúde, como ocorre em tantos outros países.
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A Clinicarx, oferece de mais de 80 TLRs diferentes e os principais que podem ser aplicados neste caso, estão:
- Dosagem do TSH
- Glicemia
- Hemoglobina glicada
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