O cansaço pós-covid que diversos pacientes vêm relatando após a infecção aguda da doença levanta o termo “COVID longa”, caracterizada pela continuidade dos sintomas, entre eles, a fadiga recorrente está presente na maioria dos relatos.
Está sem tempo para ler este artigo?
Escute o áudio completo com todo conteúdo:
A fadiga crônica: o “cansaço” pós-covid
Estudos clínicos da Força Tarefa Internacional de Doenças do Coronavírus identificaram a fadiga recorrente em pacientes após o quadro agudo de COVID-19. Esses dados demonstram possibilidades da não-recuperação total da doença por apresentarem sintomas ainda após semanas ou meses.
Os pacientes relataram a fadiga com sintomas notáveis na disposição física, como cansaço, perda de energia e sensação de peso, além de uma sensação de cansaço mental, confusão, como se fosse uma “névoa cerebral”.
A fadiga crônica, como os especialistas denominam, traz a sensação de cansaço constante, chegando a exaustão sentida no corpo, com afetações também na memória, com falhas, dificuldades de lembrar de determinadas coisas e lentidão no raciocínio.
Entre os estudos clínicos, 46% dos pacientes alegaram sentir esses sintomas de cansaço pós-covid forma recorrente, com duração de até meses após a recuperação da infecção.
A fadiga foi identificada como um sintoma comum após uma gama diversidade de infecções, de aparecimento lento.
Especialistas atentam para a condição “fadiga pós-covid”, deve ser utilizada caso o paciente apresentar os seguintes sintomas:
- sintoma dominante;
- crônica;
- incapacitante a ponto de interromper todas ou a maioria das atividades normais (como ir pro trabalho ou escola);
- persistente por 6 meses ou mais;
- surgir durante COVID-19 agudo confirmado;
- sem intervalo livre de sintomas desde o início.
Esse processo levantou o termo “longo COVID” ou COVID longa, na qual a fadiga é recorrente e um dos sintomas constantes apresentados pelos pacientes mesmo após o período de infecção aguda da doença.
O que é a COVID longa
A “COVID longa”, apesar de ainda não ter sido estabelecida uma definição fechada do termo para diagnóstico, é chamada em casos de persistência dos sintomas, em especial, o cansaço pós-covid.
Nesse sentido, aponta-se para uma possibilidade de “não recuperação” total da doença, em que as complicações seguem após sua fase aguda.
Os sintomas que lembram o período de alta infecção, como a indisposição, incapacidade, podendo chegar a comprometimento de condições pulmonares, cardíacas, neurológicas e psiquiátricas, ainda estão sendo estudados.
Existem algumas evidências de que os sintomas pós-covid leve persistem após 3 semanas em um terço dos pacientes. No entanto, faltam dados sobre os sintomas que persistem após 3 meses, na COVID longa.
Quais são os sintomas e sequelas pós-covid?
Os sintomas pós-covid, associados à COVID longa, são divididos em físicos, mentais e sociais. Eles podem se estender de semanas, até 3 ou 6 meses.
Sintomas como fadiga, cansaço, fraqueza e mal-estar entram na categoria de sintomas gerais da COVID longa. Sendo a fadiga o mais persistente entre os citados, também relatada como esse “cansaço pós-covid”.
Outras queixas também foram identificadas, como:
- dispneia,
- tosse,
- dor no peito,
- dor de cabeça,
- diminuição do estado mental,
- cognitivo e disfunção olfativa.
➡ Condições clínicas acentuadas pela COVID-19
Quem pode sofrer com o cansaço pós-covid
Dentre os tipos de pacientes que apresentaram o cansaço pós-covid associado a outros sintomas persistentes após semanas e semanas da infecção por COVID-19, os mais comuns são aqueles que tiveram quadro grave da infecção e internação hospitalar.
Porém, com a evolução dos estudos, nota-se cada vez mais pacientes com quadros leves da doença que estão apresentando sintomas persistentes. A fadiga está presente em todos os relatos.
A maioria dos sintomas se apresenta após 3 semanas da recuperação inicial, então, não há certezas, as investigações clínicas sobre os perfis de pacientes afetados com a COVID longa seguem em andamento.
Pontos que sabemos até o momento, segundo o estudo da PubMed Central:
- Os médicos de clínica geral veem cada vez mais pacientes leves com COVID-19 com sintomas persistentes.
- Há uma falta de conhecimento sobre sintomas persistentes após COVID-19 leve.
- A frequência de sintomas persistentes varia entre 10% e 35%.
- Os sintomas persistentes podem ser divididos em sintomas físicos, mentais e sociais.
- Pesquisas futuras devem se concentrar em sintomas que se estendem além de 3 meses.
Manejo clínico na farmácia
O papel do farmacêutico na identificação e avaliação das queixas pós-COVID é imprescindível, principalmente na orientação ao paciente com clareza de informações, além do encaminhamento médico que deve ser realizado.
Alguns serviços farmacêuticos podem ser prestados diretamente na farmácia para prestar a atenção primária necessária e elaborar o quadro de sintomas para o possível diagnóstico.
Alguns serviços clínicos que farmácias realizam e podem servir de auxílio no diagnóstico:
- Anamnese Pós-Covid;
- Exame de Perfil Lipídico;
- Exame Proteína C Reativa (PCR);
- Pressão Arterial;
- Teste de Glicemia;
- Oximetria;
- Check-Up pós-covid.
O Check-up Pós-COVID tem por objetivo avaliar a condição geral de saúde de pessoas que tiveram a doença, visando a construção do plano de cuidado e/ou encaminhamento para outros profissionais da saúde.
É indicado para pessoas que tiveram COVID-19, se recuperaram e necessitam de uma avaliação preventiva geral da saúde, a fim de avaliar a ocorrência de problemas pós-COVID-19.
Farmácias e drogarias tiveram papel fundamental no combate à pandemia da COVID-19 e agora é o momento de preparar seu ponto de saúde para o que vem a seguir para continuar cuidando da população, entregando serviços com qualidade e segurança.
Com a Plataforma Clinicarx, você pode realizar esses e outros serviços clínicos na sua farmácia, oferecer cuidado de qualidade aos seus pacientes, com atendimento padronizado e segurança.